ESCOLA NOVO HORIZONTE: COMUNIDADE DE LEITORES

O Projeto Comunidade de Leitores acontece todas as quintas-feiras na Escola Novo Horizonte. Venha Conferir e Participar!

PROJETO INSTITUCIONAL

COMUNIDADE DE LEITORES

Tempo de duração: Indeterminado.

Público Alvo: diretores, professores, alunos, funcionários da escola, e pessoas da Comunidade.

Objetivo Central: Constituir uma comunidade de leitores.

“Ensinar a amar os livros e a conviver com eles é uma missão que a escola se empenha em executar há mais de um século.”

J.Hebrard, no livro Ler e Escrever, da Ed. Artmed.

“Na escola, como já temos dito, a leitura é, antes de tudo, um objeto de ensino. Para que se constitua também em um objeto de aprendizagem é necessário que tenha sentido do ponto de vista do aluno, o que significa, entre outras coisas, que deve cumprir uma função para realização do propósito que ele conhece e valoriza. Para que a leitura como objeto de ensino não se separe demais da prática social que se quer comunicar, é imprescindível representar ou reapresentar, na escola, os diversos usos que ela tem na vida social.”

Lerner, no livro Ler e escrever na escola: O real, o possível e o necessário, Ed. Artmed.

Justificativa

Todos concordam que a leitura é de fundamental importância que exerce a sua cidadania de forma plena e consciente. Concordamos também que, para isso acontecer, o papel da escola na formação desse indivíduo é imprescindível e, muitas vezes, único.

Desde há muito tempo, uma das maiores questões enfrentadas pela escola é saber o que fazer para que os alunos aprendam a ler e a escrever. Essa questão fica mais evidente quando nos deparamos com os dados estatísticos sobre o analfabetismo funcional em nosso país.

De quem é a responsabilidade por esses dados continuarem ainda tão ineficientes? Do MEC? Da diretora? Da supervisora? Da professora? Dos pais? Dos alunos?

Por vivenciarmos cotidianamente esse impasse, passamos a nos defender e rapidamente depositamos a culpa do fracasso nas políticas públicas ou, pior ainda, no próprio aluno. Mas se todos nós, envolvidos com educação, pudermos nos incluir como partes co-responsáveis pela transformação urgente desses índices, estaremos criando condições para repensar as ações que deverão ser desenvolvidas no Projeto Político Pedagógico. Enfim, poderemos nos responsabilizar pela formação do aluno e da comunidade que tenha acesso à cultura letrada, fazendo uso da leitura e da escrita como passaporte para inclusão social.

O ingresso na escola representa a entrada no mundo letrado. É papel da escola a formação de alunos da língua escrita e, para que isso aconteça, a escola não pode restringir ao ensino sobre o que as letras representam, mas fundamentalmente, trabalhar em prol da formação de alunos que possam ser usuários competentes da língua escrita.

“Há crianças que ingressam na língua escrita por meio da magia(uma magia cognitivamente desafiante) crianças que entram na língua escrita pelo treino de habilidades básicas. Em geral, as primeiras se tornam leitoras; as outras tem o destino incerto”. FERREIRO, Emília. Passado e presente dos verbos ler e escrever.

Atualmente, não há um só profissional da educação que não diga o quanto valoriza a leitura e o quanto esta possibilita ao aluno situações fundamentais de aprendizagem sobre a língua. Mas, o que será que acontece quando vemos alunos nas diferentes séries que precisam utilizar a leitura para ter acesso aos novos conteúdos, apresentando tamanha dificuldade em compreender o que se lê? O que fazer quando, novamente, debruçamo-nos sobre dados e verificamos (...) “ um novo gargalo de reprovação – agora, na passagem da 5ª para a 6ª série. Os alunos parecem ter enorme dificuldade para continuar estudando, ao que tudo indica, porque não são leitores suficientemente competentes para aprender por meio da leitura... Aparentemente, os professores de 1ª a 4ª séries não têm claro que o desenvolvimento desse grau de competência leitora é algo que cabe a eles garantir, e, tampouco, os professores de 5ª a 8ª séries supõem que essa seja uma tarefa sua(...)”

Diante disso, o papel da escola e de seus profissionais é tornar a aprendizagem da leitura um objetivo prioritário da Educação Fundamental.

“ O contato com a literatura não é um dever, é um direito! Todos têm que ter possibilidade de se ver diante de obras literárias, de manusear seus suportes encantadores, de explora-las a partir da curiosidade desejante. Alguns vão se tornar leitores outros não, porém, saberão que nos livros há mais que papel e marcas escritas. A sociedade brasileira deve permitir e garantir que seu povo tenha chance de conhecer esta herança cultural humana.”BRENMAN, Ilan. Através da vidraça da escola- formando novos leitores.

OBJETIVOS DO PROJETO

Incentivar o hábito de ler na escola, planejando ações de leitura dentro e fora da sala de aula.
Garantir uma rotina organizada (sistemática e frequente) de trabalho com a leitura na escola.
oportunizar o aceso da comunidade escolar a materiais escritos de qualidade e de uso real.
Garantir contextos letrados reais no espaço escolar para o trabalho com as práticas de leitura, com vistas à alfabetização.
Incentivar o hábito de ler, na comunidade escolar interna e externa, planejando ações de leitura dentro e fora da escola.
Desenvolver competências e habilidades de leitura nos alunos, pais, jovens e adultos da comunidade e professores.

AÇÕES DESENVOLVIDAS:

Organizar rodas de biblioteca nas quais os participantes troquem idéias sobre suas leituras.
Organizar sacolas de textos e revistas diversas para serem emprestadas às famílias, que poderão fazer comentários num caderno para leitores seguintes.
Organizar um sistema de empréstimo de livros, tornando o acervo da escola acessível a todos e possível de ser levado para casa.
Organizar murais de leitura com textos variados pela escola.
Planejar momentos de leitura compartilhada entre professores e funcionários, abrindo espaço para a literatura.
Organizar um espaço permanente de leitura na escola, aberto a todos da comunidade.
Facilitar o contato com o universo da leitura através de eventos, como as feiras de livro e os quiosques de leitura.
Programar encontros com autores e escritores.
Criar campanha para ampliação do acervo de livros, revistas, jornais etc. da escola.
Programar encontros entre leitores, como recitais de poesia, momentos de leitura coletiva e silenciosa, dramatização de textos etc.